Nunca fui de dormir até muito tarde, mas tambem não sou como aqueles que confrontam o despertador em horas ainda sem luz, e deixam que ele ganhe, para depois de um banho que faz aquele sono cravado nos olhos e no corpo escorrer pelo ralo, acorrerem à suas conduções e se porem a caminho da luta, à esses, nada menos que admiração!
Mas tenho que confessar, há algo de incrível em se acordar cedo na cidade,há tempo de se olhar a televisão e ver na frente de um microfone, desmeiando palavras tecnicas, mas de forma simples, de modo a todos entenderem, o mesmo rosto que me finta enquanto como os cereais, queria que o leite estivesse mais frio.
Não é só a temperatura que é mais amena, toda a cidade parece que ainda esta contraída, e sonolenta, e as pessoas acompanham o ritmo, os celulares não fazem tanto barulho, as paragens de onibus também não, todos estão mais tranquilos, como que precipitando o dia abafado e húmido, conversa-se menos, mas ouve-se mais, o jornaleiro grita as noticias, que soam quase como injurias, tal é o impacto que tem em quem ainda esta curtindo os momentos antes de partir no coletivo, e o fato de muitas vezes não poder pegar o que esta passando, pois a fila do café na padaria ainda demora, mas não faz mal, o café esta co um cheiro otimo, bem melhor que o do hálito da primeira pessoa que entra no escritório.
O consultório do médico, ou melhor dos médicos, o que é possivel perceber, dado à total impessoalidade com que a decoração foi feita, sem nada de nehum dos profissionais que o usam, esta cheio de pessoas mais velhas, algumas carrancudas, outras simplesmente conformadas, nessa hora, ou voce se sente um velho mais idoso que eles, ou a pessoa mais nova do mundo, a enfermeira, uma daquelas pessoas que deixou o despertador ganhar, talvez tenha até acordado o despertador, chama pelo primeiro e o último nome.
o médico opera um display de lcd, que por vezes dispara sons dignos de "o predador" e com a mesma intimidade que o atendente da padaria lhe entrega aquele pastel de queijo que dificilmente é do dia, fala que já se pode vestir a roupa e esperar 48 horas para o resultado.
na volta, coincidência, o ônibus é o mesmo, o cobrador o mesmo que me levou, mas agora este está amuado e as pessoas da parada já seguem a sombra que o poste faz na calçada, como verdadeiros relógios solares.
Que calor.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Cedo
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